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sábado, agosto 13, 2011

MONITORAÇÃO BIOLÓGICA E AGENTES QUÍMICOS


Monitorização biológica e agentes químicos.


A preocupação em evitar o surgimento de doenças decorrentes da exposição dos indivíduos a agentes químicos no ambiente de trabalho conduzir à tomada de medidas de prevenção. Estas são a base da monitorização biológica e consistem em verificar se a concentração destes agentes ou de seus metabólitos no organismo dos trabalhadores esta dentro dos níveis estabelecidos por órgãos governamentais ou pela comunidade científica.


Os indicadores biológicos de exposição e os índices biológicos máximos permitidos são determinados por meio de estudos epidemiológicos, experimentais e casos clínicos.


Aqui no Brasil, a Norma Regulamentada n.º 7 (NR-7) e a Portaria n.º 24 de 29 de dezembro de 1994 da Secretaria de Segurança e Saúde no Trabalho, estabelecem os parâmetros biológicos para controle da exposição a agentes químicos . Conforme esta Portaria todos os empregados e instituições que admitam trabalhadores como empregados são obrigados a elaborar e implementar o Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO). O referido programa tem por objetivo promover e preservar a saúde dos trabalhadores.


Esta monitorização biológica complementa o monitoramento ambiental e a vigilância à saúde, considerando-se que determina a exposição global diretamente no indivíduo e detecta efeitos precoces e reversíveis, proporcionando uma melhor estimativa de risco.
  

É bom saber as Normas para a coleta de amostras


Urina:
Utilizar frascos limpos de polietileno ou vidro, conforme indicado para a análise em questão, com tampa mosqueada e 100 ml de capacidade. O orifício uretra e as mãos dos trabalhadores devem ser limpos, antes da coleta da amostra, dando-se preferência ao banho completo. O primeiro jato de urina deve ser desprezado. Coletar aproximadamente 100 ml de urina: caso não seja possível, enviar no mínimo 50 ml para o laboratório.
Quando for indicado “coleta de final da jornada de trabalho”, a amostra deverá ser obtida nas duas últimas horas da jornada diária.


Sangue
Limpar a pele antes da coleta da amostra. O paciente deve ficar sentado cerca de 15 minutos antes da punção venosa e o torniquete deve ser evitado ou utilizado o menor tempo possível. Não deve ser realizado exercício físico antes da coleta. Enviar as amostras de sangue na própria seringa ou “vacutainer”.

Interpretação dos resultados
Na interpretação dos resultados deverão ser valorizados o exame clínico e as análises toxicológicas por um especialista da área (médico do trabalho). Os médicos deveriam ir ao local do trabalho do trabalhador (professor, técnicos, alunos de pós-graduação, graduação, estagiário, etc). Só assim eles saberão o que significa cada produto utilizado na área de pesquisa.


Os resultados de um programa de monitorização biológica poderão ser interpretados para os trabalhadores separadamente, se a variabilidade intraindividual do indicador biológico em questão Não for muito elevada e se este possuir especificidade adequada. De outro modo, os resultados deverão considerar o grupo como um todo. Neste caso, quando apenas alguns indivíduos apresentarem valores elevados, o resultado provavelmente será devido ao fato destes trabalhadores submeterem-se a uma maior exposição em virtude de atividade diferenciada, hábitos de higiene ou exposição não-ocupacional.


Deverão, ainda, ser considerados os interferentes de cada indicador biológico mencionados nas monografias das substâncias químicas.

Toxicologia dos gases
  •  Monóxido de carbono: Toxicidade:
  • Arsênico (arsênio):
  • Cádmio - Toxicidade
  • Chumbo: compostos inorgânicos. Toxicidade:
  • Chumbo tetraetila – toxicidade:
  • Cromo hexavalente – toxicidade:
  • Flúor e fluoretos – toxicidade:
  • Mercúrio inorgânico: toxicidade:
  • Toxicologia dos pesticidas
  • Organofosforados e carbamatos – toxicidade:
  • Pentaclorofenol – toxicidade:
  • Anilina – toxicidade:
  • Diclorometano (cloreto de metileno) – toxicidade:
  • Dimetilformamida: toxicidade:
  • Dissulfeto de carbono: toxicidade:
  • Estremo – toxidade:
  • Etilbenzeno – toxicidade:
  • Fenol - toxidade:
  • Metanol – toxicidade:
  • Metil-Etil-Cetona – toxicidade:
  • N-Hexano: toxicidade:
  • Nitrobenzeno – toxicidade:
  • Tetracloroetileno; 1,1,1-tricloroetano e tricloroetileno – toxicidade:
  • Tolueno – toxicidade:
  • Xilenos – toxicidade:
 Glossário:
Indicador biológico: compreende todo e qualquer agente químico ou seus produtos de biotransformação, assim como qualquer alteração bioquímica, cuja detecção no ar exalado, fluidos ou tecidos avalie em intensidade da exposição, absorção, acumulação ou efeito do agente químico.
Indicador biológico de dose interna: indicador biológico que avalia a quantidade da substância nos locais de ação tóxica.
Indicador biológico de exposição: indicador biológico que estima indiretamente o grau de exposição, desde que os teores do agente químico em amostras biológicas sejam estreitamente relacionados aos seus níveis em amostras ambientais.
Índice biológico máximo permitido: valor máximo do indicador biológico para o qual se supõe que a maioria das pessoas ocupacionalmente expostas não corre risco de dano à saúde. A ultrapassagem deste valor significa exposição excessiva.
Monitorização biológica: medida e avaliação de agentes químicos ou produtos de biotransformação nos tecidos, secreções, excreções ou qualquer combinação destes para estimar em exposição e o risco à saúde, por comparação com uma referência apropriada.
Monitorização biológica de efeito: medida e avaliação de efeitos biológicos precoces, para os quais não foi ainda estabelecida relação com prejuízos à saúde, em trabalhadores expostos, para estimar a exposição e/ou riscos para a saúde quando comparados com uma referência apropriada.
Valor de referência da normalidade: valor possível de ser encontrado em populações não expostas ocupacionalmente.
  

Referências bibliográficas:
BRASIL. Portaria n.º 24, de 29 dezembro de 1994. Diário Oficial (da República Federativa do Brasil), Brasília, n.248,30 dez. 1994. Seção 1.
CARDONA, Antônio, et al. Biological monitoring of occupacional exposure to n-hexane by measurement of urinary 2,5-hexanedione. Inernational Arhives Ocupational Environmental Health. V.65, n.a1,p.71-74. 1993.
CARVALHO, Wilson. Toxicologia do n-Hexano: Exposição Ocupacional e Riscos para Saúde. Salvador: Hospital São Rafael, 1993.
CHASIN, Alice, Pedrozo, Maria, Silva, E. Fatores que interferem nos resultados das análises toxicológicas dos indicadores biológicos do monóxido de carbono. Revista brasileira de Toxicologia, V. 7, n. ½, p.15 – 22. 1994.
FISCHER, Marina, Gomes, Jorge, Colacioppo, Sérgio. Típicos de saúde do trabalhador. São Paulo: Hucitec, 1989.
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LOARINI , Lourival. Toxicologia. 2. Ed. São Paulo: Editora Manole, 1993.
LEITE, Edna et al. Monitorização Biológica de Trabalhadores Expostos a Substâncias Químicas. Belo Horizonte: Ergo Editora, 1992.
MÍDIO, Antonio. Glossário de Toxicologia. São Paulo: Roca, 1992.
NETO, Jorge Riscos de Doenças Profissionais no Setor Metalúrgico. 2. Ed. Belo Horizonte: Departamento Profissional dos Metalúrgicos, 1982.
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